Huawei fora do TOP de vendas na China
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A Huawei está, pela primeira vez em 7 anos, fora do Top 5 de vendas de smartphones na China.
Na China, no segundo trimestre de 2021, foram vendidos cerca de 74,9 milhões de smartphones, no entanto, foi registada uma quebra de cerca de 17%, em relação ao período homólogo. Os dados são referentes a uma análise da consultora Canalys, que refere também quais os líderes do mercado de smartphones na china. Segundo o relatório divulgado pela agência, este mercado é agora por cinco marcas: Vivo, Oppo, Apple, Honor e Xiaomi.Estamos perante um facto ?histórico? do mercado tecnológico chinês, uma vez que é a primeira vez, nos últimos 7 anos, que a Huawei fica de fora das 5 empresas com mais quota de mercado.
De acordo com os dados divulgados pela Canalys, o TOP 5 de vendas no setor de smartphones na China é agora liderado pela Vivo, a marca conta com 24% da quota de mercado. O segundo lugar é ocupado pela Oppo, que atingiu 16 milhões de vendas, no segundo trimestre de 2021. Segue-se a Xiaomi, que veio ocupar o lugar da Huawei como a terceira marca mais vendida na China. A empresa conta com 17% da quota de mercado, o que equivale a cerca de 13 milhões de equipamentos vendidos. Em quarto lugar ficou a Apple, que atingiu os 7,8 milhões de smartphones vendidos. A empresa americana possui uma quota de 10% do mercado chinês de telemóveis. Com uma subida de 40% de vendas, em relação aos primeiros três meses do presente ano, a Honor ocupa a quinta posição do TOP de vendas de smartphones na China, durante o primeiro trimestre do ano. A antiga subsidiária da Huawei detém 9% da quota de mercado, consequência da 6,9 milhões de unidades vendidas, ficando apenas a um ponto percentual da Apple. Os restantes 18% das vendas de smartphones na China foram realizadas por outras marcas, onde se enquadra a Huawei.
Segundo a consultora Canalys, a Huawei perdeu volume de vendas em todos os mercados mundiais. Isto levou a que todas as marcas produtoras de smartphones Android entrassem numa ?luta? pelo lugar da Huawei nos mercados do mundo inteiro.
Esta descida do volume de vendas da Huawei pode estar relacionadas com a tensão comercial e tecnológica que se tem vindo a registar entre Washington e Pequim nos últimos anos. A administração do antigo presidente dos USA, Donald Trump, colocou a Huawei numa ?lista negra?. A Huawei, que foi a primeira empresa tecnológica chinesa a atingir expressividade global, foi alvo de sanções económicas por parte do governo americano e vê-se agora impossibilitada de aceder às atualizações para o sistema operativo Android e a Chips, essenciais para a produção de novos smartphones. À empresa chinesa foi também impedido o acesso a qualquer aquisição de tecnologia americana necessária para a produção de smartphones e infra-estruturas de telecomunicações.
As sanções surgiram após a desconfiança em torno da influência do regime político chinês na Huawei. Estas, por sua vez, nascem do passado militar do fundador e CEO do grupo, Ren Zhengfei, que também é filiado no Partido Comunista Chinês.
A venda da Honor surge como consequência destas restrições económicas impostas pelo governo de Donald Trump. A Huawei vendeu a marca a um conglomerado público de forma a evitar que a Honor fosse mais uma vítima das desconfianças do governo americano. Desta forma a Honor sai ilesa da guerra comercial e tecnológica sino-americana.
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